
Qual é a mídia digital mais indicada para a sua empresa?
A tecnologia facilita a vida das empresas, mas também pode confundir em alguns pontos, como na escolha da melhor mídia digital para se investir.
A tecnologia facilita a vida das empresas, mas também pode confundir em alguns pontos, como na escolha da melhor mídia digital para se investir.
As novas tecnologias móveis, o crescimento das redes sociais, a expansão do mercado digital – e em particular do e-commerce e de outros serviços disponibilizados na rede – são alguns dos fatores que contribuem para que pessoas e empresas estejam cada vez mais interconectadas. E se de um lado tudo isso abre inúmeras possibilidades para serem exploradas pelo mundo corporativo, de outro esbarra em um grande problema: a falta de profissionais capacitados para lidar de forma adequada com esses canais de interação com o cliente. O apagão da mão de obra especializada, tão vivenciado no segmento de tecnologia da informação e responsável por elevar as despesas com a folha de pagamento das empresas que hoje é da ordem de 36% do orçamento, ameaça também as empresas que querem trabalhar, ou que já o fazem, no mundo digital, e constitui o grande desafio dos gestores de recursos humanos dessas companhias: onde achar e como reter esses talentos? Diante dessa dificuldade, uma das saídas é treinar internamente. E aí surge outra questão: que tipo de profissional selecionar para esse treinamento? Os mais jovens e inovadores, a maioria web native que sabe navegar com desenvoltura nessas novas mídias, mas ainda inexperiente no jogo cotidiano e competitivo das companhias, ou os mais experientes, boa parte com mais de 40 anos de idade, que pode estar um pouco menos conectada com todas as mudanças recentes no mundo digital, mas bem mais tarimbada em termos de estratégias e de conhecimento do mercado? Trata-se de um dilema real e não há respostas fáceis, muito menos fórmulas padronizadas para solucioná-lo e que, na maioria dos casos, ultrapassa as fronteiras, deixando de ser apenas um problema para a área de RH, repercutindo também nos setores de marketing, desenvolvimento, comercial e administrativo. Uma alternativa válida seria unir esses dois profissionais, para que juntos pudessem combinar seus skills e aprender uns com os outros, obtendo, assim, os resultados esperados e, principalmente, os inesperados – e positivos -, para as companhias. Especificamente no e-commerce essa falta de profissionais é ainda mais sentida, até porque esse segmento está em franca expansão. O levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) revelou que o comércio eletrônico fechou 2013 com faturamento da ordem de R$ 31,11 bilhões; mas em contrapartida, outra pequisa realizada em conjunto pela e-bit e pela Universidade Buscapé Company, do Grupo Buscapé, mostrou que 65% dos candidatos que participaram do processo de seleção para trabalhar nessas empresas estavam despreparados para a função, o que evidencia a necessidade de formação específica. As áreas de RH das empresas podem ajudar, no sentido de montar equipes multidisciplinares que reúnam conhecimentos sobre tecnologia da informação, ferramentas de análise de dados, segurança da rede, marketing, empreendedorismo, entre outros, e buscar apoio especializado para que possam trabalhar juntas, encarregando-se também de promover constantemente cursos de atualização e aperfeiçoamento profissional. Mas também é aconselhável que as pessoas, de outra parte, busquem individualmente e por sua própria conta, aumentar seus conhecimentos, principalmente os que lhes permitirão transitar com maior desenvoltura no ambiente digital. Devem se incluir nesse rol os profissionais “sênior”, fazendo um esforço para quebrar suas resistências e aprender a lidar com esse novo mundo propiciado pela internet e pela mobilidade. A interatividade veio para ficar e é um caminho sem volta. As empresas e as pessoas que ainda não acordaram para essa realidade já estão perdendo oportunidades valiosas para ampliar e melhorar sua atuação. Por Sandra Turchi* *Sandra Turchi é Sócia-diretora da Digitalents (www.digitalents.com.br). Consultora e palestrante sobre Marketing Digital e E-commerce. Professora nos MBAs da FGV, FIA e ESPM, onde coordena cursos na área digital desde 2008. Foi eleita uma das profissionais de marketing mais atuantes nas mídias sociais no mundo, pela SMMagazine, dos EUA. Foi executiva de Marketing por mais de 20 anos, tendo atuado em diversos segmentos de mercado. Bacharel em Administração pela USP, pós-graduada pela FGV e MBA pela BSP e Toronto University, cursou também empreendedorismo na Babson de Boston. Autora do livro Estratégias de Marketing Digital e E-commerce, lançado pela editora Atlas e do blog www.sandraturchi.com.br, além de ser articulista de diversos portais.
Em todo começo de ano é comum as pessoas fazerem aquelas famosas promessas e listas com as resoluções do que pretendem mudar. Iniciar uma dieta, cuidar da saúde, praticar exercícios físicos, passar mais tempo com a família e os amigos, são os desejos mais citados. Em termos profissionais, o sonho não mais se restringe aos de praxe, como obter uma promoção, um aumento de salário ou mesmo trocar de emprego. Muitos gostariam mesmo é de iniciar um negócio próprio. E hoje, mais do que nunca, isso é algo possível, principalmente se for um empreendimento no mundo virtual. Nunca se empreendeu tanto no Brasil, como temos observado nos últimos anos e, com certeza, isso se deve ao grande número de jovens que vem apostando em startups ligadas às oportunidades do universo digital, mas não são somente eles. Muitos profissionais mais maduros, cansados do stress, rotina e política presentes no mundo corporativo (ou, como costumo brincar, “mundo cãoporativo”), também tem ficado atentos aos projetos ligados à web, como uma forma de criar seu próprio negócio. A internet oferece uma gama imensa de oportunidades para quem quer empreender, como a venda de produtos (como um e-commerce para nichos de mercado, por exemplo) ou a criação de serviços dos mais variados tipos, aplicativos, games, entre várias outras possibilidades. Mas é preciso considerar alguns fatores. O principal deles é que não basta ter uma ótima ideia. Como em qualquer outro negócio, se faz necessária a elaboração de um plano de negócio, com análises de viabilidade econômica e mercadológica, verificar se há ou não concorrentes, quem seriam os fornecedores e o público-alvo, além de todas as questões legais para formalização da empresa, da mesma forma como ocorre com os empreendimentos físicos convencionais. Um bom exemplo é o de Renato Steinberg, um dos criadores da Fashion.me, a primeira e maior rede social especializada em moda, criada em 2008, e que após nove meses no ar passou a receber, em média, 10 mil visitas por dia, somando mais de um milhão de associados. A rede foi criada a partir de uma ideia, sendo lapidada durante algum tempo e compartilhada com outras pessoas que contribuíram com sugestões. Após ser lançada, Renato acompanhou como os usuários a estavam avaliando, porque em essência são eles que dizem se a ideia é ou não boa. Também fez parcerias com empresas brasileiras e obteve capital de um fundo de investimentos internacional. Para quem deseja apostar no segmento virtual, uma boa opção é criar uma startup – empresa iniciante da área de tecnologia, em geral ligada a produtos que sejam escalonáveis. Uma pesquisa recente realizada pela entidade “Anjos do Brasil”, voltada a fomentar o crescimento de investidores para apoiar o empreendedorismo de inovação, o número dos chamados “investidores-anjo”, brasileiros terminou o ano de 2019 com 8.220 investidores pessoas físicas que apostam nessas novas iniciativas de negócios. O valor investido em startups brasileiras cresceu mais de 8 vezes entre 2015 e 2019, passando de 1,1 bilhão de reais para 9,7 bilhões no período de cinco anos. Nos Estados Unidos, onde esse segmento está mais maduro, o crescimento dos investidores-anjo foi de 20%, segundo o Venture Research da Universidade de New Hampshire, compondo uma base de 265 mil pessoas dispostas a investir. O projeto Aceleratech, que é uma aceleradora ligada à ESPM, também tem esse objetivo, de identificar startups promissoras para que recebam apoio técnico e investimentos. Atualmente são 11 startups que estão tendo esse suporte. O co-fundador do projeto, Pedro Waengertner, levou sua experiência empreendedora para essa iniciativa. Ele mesmo é investidor em algumas empresas novas, como a Zubit, empresa na área de monitoramento e métricas em mídias sociais, e o Jacomparou, portal comparador de serviços de telecomunicações, o que inclui telefonia móvel, fixa, internet e tv por assinatura. Portanto, há muita gente voltada a dar mais do que uma mãozinha para que uma iniciativa inovadora não apenas se concretize, como também cresça e dê excelentes frutos. Quem tem perfil empreendedor, ou seja, tem paixão por determinada atividade ou área, gosta de correr certos riscos, é determinado, persistente e acredita no seu próprio potencial, tem boas chances de mudar de vida em 2013 e ver seu sonho se tornar realidade. As oportunidades estão aí, principalmente na Web. Basta ter coragem, arregaçar as mangas e fazer acontecer.
Natal: tempo de festa, de alegria e de confraternização. Nada mais prazeroso do que participar das brincadeiras de amigo secreto feitas nas empresas, ou mesmo a troca de presentes entre amigos e familiares, antecedidos por aquele momento mágico de escolher as tais “lembrancinhas” para cada uma das pessoas queridas. Toda essa diversão só perde um pouco a graça, principalmente nas grandes cidades, como São Paulo, por exemplo, porque ir às compras também significa ter de enfrentar o trânsito, que fica ainda mais caótico nessa época do ano, sem falar no empurra-empurra nos shoppings e no comércio de rua, abarrotados de pessoas a qualquer hora do dia e da noite, e ainda na árdua missão de achar uma vaga para estacionar o carro. Por esses e outros motivos, cada vez mais os consumidores estão optando por fazer suas compras, ou pelo menos boa parte delas, pela internet. É o que revela uma pesquisa realizada pela consultoria Deloitte intitulada “Pesquisa de Natal 2012 – Intenções e expectativas do consumidor brasileiro”. Segundo o estudo, este ano, 70% das pessoas das classes A, B e C deverão fazer suas compras no e-commerce, sendo que 37% dos acessos serão via mobile, ou seja, efetuados por meio de celulares, smartphones e tablets, o que é uma novidade em comparação aos anos anteriores. Não há dúvida de que a Web representa uma mão na roda, não só para pesquisar as várias opções existentes em termos de produtos, como também para comparar preços e benefícios oferecidos pelas diversas lojas em termos de condições de pagamento e de prazos de entrega. É também uma forma, bem mais prática, confortável e rápida de se fazer compras, e bastante segura, desde que tomados alguns cuidados básicos. O primeiro deles é dar preferência aos sites conhecidos e lojas virtuais bem estabelecidas, que apresentam certificação digital (um cadeado ou selo de proteção, que ao se clicar sobre ele se obtém informações sobre a segurança daquele site). Outra forma de se saber se a loja é confiável é verificar seu CNPJ na página da web, ou ainda fazer uma pesquisa em sites como o ReclameAqui e o Procon, e analisar se existem queixas sobre a mesma. Vale também perguntar às pessoas conhecidas, da própria rede de relacionamentos, se possuem informações sobre a loja virtual. O Procon recentemente publicou uma listagem de lojas não recomendadas para o e-commerce. Não acreditar em ofertas mirabolantes, com preços muito inferiores aos dos concorrentes, ou ainda em promoções que exijam o preenchimento de cadastros. Em muitos casos, são formas de hackers e bandidos virtuais terem acesso a informações do consumidor como endereço, CPF, número do cartão de crédito, etc., que poderão ser usados em ações fraudulentas e criminosas. Outra boa dica é não responder a mensagens e nem clicar nos links anexos que chegam por e-mail, SMS, MSN, ou pelas redes sociais. Elas podem ser uma forma de direcionar o consumidor para uma página falsa, criada para roubar seus dados ou para induzi-lo a efetuar uma compra que nunca será entregue. Outra dica é usar preferencialmente o próprio computador (de casa ou móvel) para fazer as compras virtuais, e não o da empresa ou de lan houses, hotéis, bares e restaurantes, porque o equipamento pode estar configurado para salvar a digitação do teclado e enviar os dados para fraudadores. O mesmo vale para as conexões sem fio desconhecidas, que podem ter sido habilitadas com o intuito de capturar as informações enviadas. O indicado é usar redes wi-fi confiáveis. Manter o antivírus ativo e atualizado, ter um firewall para controlar o tráfego de dados entre o computador e a internet, são outras medidas de segurança importantes. E para não correr o risco de o presente não chegar no dia, sempre é bom programar as compras com antecedência e não deixar tudo para a última hora. E ainda, verificar os prazos de entrega que são fornecidos pelo próprio site. No mais, é aproveitar esse período festivo (e o tempo ganho, graças às compras on-line) para rever amigos e se divertir!
A época do Natal é literalmente uma festa para os comerciantes. A estimativa da Abrasce (Associação Brasileita de Shopping Centers) é de que apenas nos 445 shoppings físicos existentes no país deverá ser registrado um aumento da ordem de 15% das vendas em relação ao mesmo período do ano passado. Para o comércio virtual as perspectivas também são animadoras. Segundo a e-bit, empresa especializada em informações do e-commerce, entre 15 de novembro e 24 de dezembro de 2011 o setor faturou R$ 2,6 bilhões, correspondendo a um crescimento nominal da ordem de 20% em comparação ao ano anterior, o que deverá se repetir neste final de ano. E de acordo com o Webshoppers, no segundo semestre de 2012 as redes sociais ganharam 11 milhões de novos e-consumidores, totalizando um universo de 43 milhões de compradores potenciais. São dados expressivos e que devem nortear as ações de marketing dos lojistas – tanto os do comércio físico, quanto os do virtual – principalmente no que se refere as redes sociais. Não há dúvida de que é por meio desses canais que as pessoas trocam informações sobre produtos e dão (e recebem) sugestões para presentear amigos e parentes neste final de ano. As empresas, de sua parte, também devem usar e abusar das redes para estar mais próximas de seus clientes e até oferecer promoções. No ano passado, quem apostou no social commerce teve ótimos resultados. Foi o caso da Livraria Cultura que em julho daquele ano iniciou uma campanha focada em preço e que foi divulgada pelas redes sociais. Depois, fez uma promoção de 24 horas e com isso liderou o top trends do Twitter, o que se refletiu em vendas pelo e-commerce. Em um dia foram vendidos mais livros do que em três meses. Outro exemplo foi o do Walmart que no ano passado optou por mudar a estratégia de marketing para o período do Natal. Ao invés de apresentar grande leque de produtos, a varejista decidiu saber o que o consumidor queria, usando como canais o Twitter e o Facebook. Assim pôde oferecer diretamente ao cliente o que ele estava procurando. E ainda fez parcerias não só com seus fornecedores tradicionais, como também com empresas de cartão de crédito e sites de compras coletivas para intensificar as vendas pelas mídias sociais. Mídias Sociais São empresas que entenderam que esses canais colaborativos dão voz ao consumidor. É por meio dessas redes que as pessoas influenciam e são influenciadas por outras, e dessa forma acabam estimulando as vendas. Por isso, é fundamental investir nas mídias sociais no sentido de criar maior aproximação com o cliente, fornecendo-lhe informações relevantes e de seu interesse, o que irá causar uma reação positiva. Assim, certamente ele irá recomendar o site ou página da empresa para seus conhecidos. Pessoas satisfeitas gostam de compartilhar o que lhes causou contentamento. Também é válido oferecer promoções exclusivas para seguidores (do Twitter, Facebook, site, blog, etc) com certa antecedência ao Natal, não só para que eles possam antecipar as compras e não deixar tudo para a última hora, como também é uma maneira de a empresa ter mais tempo para monitorá-los e conhecer melhor suas preferências e hábitos. Dessa forma, cada vez mais poderá oferecer produtos e serviços que atendam a esses requisitos, e formular estratégias de marketing apropriadas não apenas para datas comemorativas específicas, como para o ano todo. * Sandra Turchi é Sócia-diretora da Digitalents (www.digitalents.com.br). Consultora e palestrante sobre Marketing Digital e E-commerce. Professora nos MBAs da FGV, FIA e ESPM, onde coordena cursos na área digital desde 2008. Foi eleita uma das profissionais de marketing mais atuantes nas mídias sociais no mundo, pela SMMagazine, dos EUA. Foi executiva de Marketing por mais de 20 anos, tendo atuado em diversos segmentos de mercado. Bacharel em Administração pela USP, pós-graduada pela FGV e MBA pela BSP e Toronto University, cursou também empreendedorismo na Babson de Boston. Autora do livro Estratégias de Marketing Digital e E-commerce, lançado pela editora Atlas e do blog www.sandraturchi.com.br, além de ser articulista de diversos portais.
A Amazon.com foi pioneira na adaptação para o ambiente virtual de um conceito que já vinha sendo praticado no varejo tradicional. Assim, criou uma estratégia de web-marketing bem orquestrada para incentivar seus clientes a atrair novos compradores para os produtos que disponibilizava em seu site, remunerando-os quando as vendas eram efetivadas. O tão conhecido Google AdSense também iniciou suas atividades baseando-se nessa ideia. Como na internet tudo fica mais fácil de operacionalizar e o alcance, em termos de público, também é muito maior, em pouco tempo, várias outras empresas com operações on-line seguiram esse exemplo e desenvolveram seus próprios modelos para oferecer os chamados programas de afiliados, prática que hoje é responsável por gerar boa parcela dos milhões de dólares que diariamente são transacionados no e-commerce no mundo todo. Nos Estados Unidos, esses programas estão bem consolidados e muitos deles rendem excelentes quantias para os participantes. Um bom exemplo é o da OneKingsLane, uma loja de artigos para o lar, decoração e arte, que funciona no modelo de clube de compras e que diariamente envia para cada cliente cadastrado um e-mail mostrando os produtos em promoção (com 70% de desconto), que devem ser adquiridos em até 72 horas, lembrando-os que ganharão US$ 15 quando um novo consumidor indicado por eles fizer a sua primeira compra, além das porcentagens sobre as vendas efetivadas pelos consumidores que vierem por seu intermédio. No mundo, grande parte das empresas do e-commerce já aderiram a essa estratégia de marketing, incluindo-se nesse rol também as companhias do chamado consumo do luxo, como a requintada Hermès de Paris, Richards, e tantas outras. No Brasil, apesar de várias lojas virtuais já oferecem programas de afiliados, como Dell, Saraiva, Mercado Livre, Buscapé, Submarino, só para citar alguns exemplos, essa prática ainda é considerada novidade para o público em geral. Mas trata-se de um bom negócio tanto para as empresas, que ampliam suas bases de clientes sem grandes investimentos nesse sentido, como para o consumidor, que ganha apenas indicando para sua rede de amigos e conhecidos o link daquela loja, seja por meio de um blog ou site próprio, rede social ou mesmo por e-mail. O comerciante precisa apenas implantar um software que faz o rastreamento dos afiliados, calcula as comissões devidas, gera relatórios e permite o controle sobre as vendas. Com isso, consegue maior exposição para sua marca, chega a nichos de mercado que provavelmente não seriam atingidos por sua estratégia de marketing convencional, e estreita o contato com seu cliente. Como funciona O consumidor, de sua parte, apenas precisa se cadastrar como afiliado e promover os produtos e serviços de uma ou mais empresas que disponibilizam esse tipo de parceria. As comissões variam bastante de loja para loja, partindo de algo próximo a 5% a até 30% do valor do produto adquirido. Os cookies, que são instalados na máquina do afiliado pelo sistema do lojista, garantem o monitoramento das vendas e o pagamento das porcentagens devidas. Definitivamente pode ser uma excelente oportunidade de ganhar dinheiro na internet sem muito esforço. Nesse jogo não há perdedores. Ganha o lojista, que amplia sua base de clientes potenciais sem gastar para isso; ganha o afiliado, que apenas precisa indicar produtos e serviços para seus conhecidos; e também ganha quem recebeu a dica daquela loja, produto ou serviço, que chegou por meio de uma pessoa da sua confiança.
O mercado do luxo está em plena ascensão e segundo pesquisa realizada pela consultoria Bain & Co., em parceria com a Fondazione Altagamma (entidade que reúne marcas exclusivas italianas), o segmento deverá crescer cerca de 7% em termos globais em 2012, ou seja, um ano de “crise”, totalizando uma receita superior a 200 bilhões de euros. O Brasil segue essa tendência, e de acordo com a estimativa da consultoria MCF, especializada na área, esse setor movimentou, em 2011, algo próximo a US$ 12 bilhões, correspondendo a um crescimento de 33% sobre o ano anterior. Além disso, o país cada vez mais atrai grandes grifes como é o caso da Ralph Lauren e da britânica Burberry que estão abrindo lojas em solo brasileiro, à semelhança de outras que já estão aqui há algum tempo, como Giorgio Armani, Hermès, Gucci, Louis Vuitton, só para citar as mais conhecidas. Isso pode parecer uma contradição, já que uma parte muito pequena da população brasileira pertence às classes mais abastadas e, portanto, com condições financeiras para adquirir produtos tão luxuosos, exclusivos e caros. Mas na verdade o mercado brasileiro é atraente para as grandes marcas porque temos uma mistura cultural única que apresenta muitas afinidades com os países do velho continente, e também porque nos últimos anos a estabilidade econômica permitiu a uma parcela maior da sociedade ter acesso a bens de consumo e serviços de melhor qualidade. Vale ressaltar que as marcas de luxo conferem prestígio a quem as consome e representam um símbolo de prosperidade. E não estamos falando só de moda e joias, mas também de automóveis, gastronomia, imóveis, objetos de decoração e de arte, cosméticos e tantos outros produtos de alta qualidade, além de serviços personalizados, como consultoria de todo tipo (de moda, saúde, beleza), projetos arquitetônicos, entre outros que cada vez mais estão sendo ofertados também pela Internet. Isso abre grandes oportunidades, não apenas para as empresas tradicionais do segmento do luxo que já estão abrindo suas próprias lojas virtuais, como também para novos empreendedores, inclusive os de pequeno porte, que podem competir nesse mercado, uma vez que o meio virtual requer investimentos bem menores em comparação aos de uma loja física. Mas para obter sucesso, assim como em qualquer outro negócio, é preciso um bom planejamento e uma estratégia de marketing consistente. Também é necessária uma boa dose de paciência porque, como ensina Carlos Ferreirinha, presidente da MCF Consultoria e Conhecimento, e considerado uma referência sobre o mercado de luxo no Brasil, “criar produtos e serviços extraordinários leva tempo”. O mais importante, segundo ele, não é ter muito ou pouco capital para investir, mas ser persistente e ter foco na excelência, na diferenciação, na qualidade do atendimento e ter visão de médio e longo prazo. Outro cuidado é saber educar o cliente, especialmente o da classe média, que passou a liderar o consumo no país, sobretudo nos últimos três anos, e que também começa a se interessar por produtos de luxo, os quais estão intimamente associados ao desejo e são consumidos por prazer, e não por necessidade. O constante crescimento A Daslu, uma das pioneiras do mercado de luxo no Brasil, famosa por realizar desfiles para clientes na loja física, além de ter sido uma das primeiras a fazer catálogos com as suas coleções e a lançar uma revista de moda, também se rendeu ao e-commerce, inaugurando sua loja virtual no início deste ano. No meio virtual são oferecidos artigos femininos, masculinos e também para os públicos teen e bebê. O mais interessante fica por conta da seção outlet, em que são disponibilizados produtos em oferta (algumas peças custam menos que 50% do preço original) que antes só podiam ser comprados nas suas lojas físicas. A mesma estratégia foi adotada pela requintada Hermès de Paris, símbolo absoluto da sofisticação, que oferece pelo canal virtual bolsas, cintos e acessórios com grandes descontos, tornando essas peças acessíveis a maior número de pessoas. Conhecida mundialmente pela cor laranja, a empresa foi criada em 1837 em Paris e hoje está presente em mais de 65 países, contando com cerca de 300 lojas físicas. Ainda hoje fabrica suas peças de forma artesanal, sendo oferecidas 17 linhas de produtos. Não resta dúvida de que ainda há muito que aprender sobre o segmento de luxo no Brasil e, em particular, sobre sua evolução no meio digital. De certo é que há um grande potencial a ser explorado e os que tiverem coragem para apostar nesse caminho agora terão boas chances de colher excelentes frutos num futuro próximo.
Ser dono do próprio negócio é um sonho antigo dos brasileiros, e hoje há mais chances de isso se tornar realidade graças às oportunidades oferecidas pela internet e pelo crescimento das mídias sociais. Nos últimos anos proliferaram inúmeros cases de sucesso no ambiente digital, que não se restringiram apenas ao e-commerce. Também surgiram na web outros serviços, como foi o caso do Migre.me, para encurtar a URL (recurso muito usado no Twitter), só para citar um exemplo. Mas há ainda um grande campo a ser explorado. É possível entrar nesse universo, inicialmente, criando um projeto piloto para ser testado na rede. Nesse meio rápido e dinâmico, os próprios internautas dão dicas importantes sobre o que funciona ou não e o que fazer para corrigir rotas. Dependendo do projeto, também é possível atrair a atenção de investidores dispostos a apostar em novas ideias ou ainda obter o auxílio de instituições que apoiam essas iniciativas oferecendo conhecimento, como é o caso do instituto Endeavor, para se firmar de forma independente. Há vários exemplos de empreendedores, boa parte deles jovens da geração Y que conseguiram ser bem-sucedidos em suas iniciativas na web. Isso porque existem muitos segmentos a serem explorados. Um projeto que deu certo foi o Bloompa, um organizador criado para facilitar, auxiliar e otimizar não só a conversão em compras, mas também o engajamento dos clientes e a construção da marca nas mídias sociais. Há também diversas empresas prestadoras de serviços de marketing na web (SEO, mídias sociais etc.) e ferramentas que automatizam a gestão dos canais sociais, como a Wildfire, representada no Brasil pela Superare Mídia. Mas, assim como no mundo real, no virtual não basta ter um insight super criativo e inovador. É preciso ter planejamento, foco e um bom plano de negócios e definir o tipo de atividade que se quer exercer: comércio de produtos ou oferta de serviços, games etc. Ao optar, por exemplo, por uma loja virtual, o empreendedor terá maior chance de sucesso se os produtos oferecidos forem para nichos específicos e ainda não atendidos pelas grandes empresas, que possuem maior poder de barganha e com as quais é difícil competir. Apesar de os negócios na web requererem investimentos menores do que no mundo físico, mesmo assim é preciso que o site tenha um bom visual, mostrando os produtos ou serviços com a maior clareza possível para o internauta. É preciso também dispor de várias formas de pagamento seguras, nos casos de e-commerce, assim como oferecer bons canais de comunicação, como chat, telefone e e-mail, por meio dos quais seja possível esclarecer dúvidas, solucionar problemas e receber sugestões. Em todas as atividades, é necessário encantar os visitantes do site para que continuem voltando e o recomendem para suas próprias redes de relacionamentos. O investimento na divulgação pode acelerar o aumento de pageviews, usando estratégias de marketing digital, como links patrocinados, banners e anúncios que podem ser colocados em outros portais de grande circulação e nos canais de mídia social mais utilizados pelo público-alvo. Também é aconselhável estar atento a alguns detalhes, como pensar em projetos que causem impacto na vida das pessoas a curto prazo e se renovar constantemente, sempre pensando adiante e no que os internautas (e eventuais consumidores) irão querer nos próximos anos. Segundo a Babson College, a mais conceituada escola de empreendedorismo do mundo, o Brasil é um dos países com maior número de empreendedores, e a sua população está entre as que mais navegam pela internet. Os brasileiros adoram novidades e tudo o que está relacionado ao mundo digital. Portanto, as portas estão abertas para quem está disposto a arriscar e a transformar o sonho de ser empreendedor em realidade.