Quarta Revolução Industrial A Transformação Que Vai Mudar O Mundo Como Conhecemos

Quarta revolução industrial: a transformação que vai mudar o mundo como conhecemos

Uma revolução tecnológica diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes, que transformará a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos, mudando o mundo como conhecemos. Parece profecia oriunda de algum filme de ficção científica, mas essa é a promessa da Quarta Revolução Industrial, conhecida também como Revolução 4.0 – um futuro que já está em vias de acontecer, marcado pela convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas, e para o qual é melhor a gente se preparar.

O conceito vem da década de 1940, mas foi retomado há alguns anos por Klaus Schwab, fundador da diretoria executiva do Fórum Econômico Mundial e autor do livro ”A Quarta Revolução Industrial”. Segundo ele, essa transformação está sendo impulsionada pela engenharia genética e das neurotecnologias, mas não será definida por um conjunto de tecnologias emergentes em si mesmas, e sim pelos novos sistemas que foram construídos sobre a infraestrutura da revolução digital (o atual estágio que estamos vivendo).

São esses sistemas, como os ciberfísicos, que têm o potencial de gerar transformações profundas, a exemplo da automatização total das fábricas a partir de tecnologias como internet das coisas e à computação na nuvem. Os sistemas ciberfísicos combinam máquinas com processos digitais e, por meio da internet das coisas, são capazes de tomar decisões descentralizadas e de cooperar entre si e conosco. Essa automatização total resultará em fábricas inteligentes, que controlarão a si mesmas – e não precisarão de nenhum humano no processo. Aposto que esse cenário te lembra a alguma coisa…

Instigantes também são os números econômicos desta revolução: segundo estimativas feitas em 2015 pela consultora Accenture, a Revolução 4.0 poderá agregar 14,2 bilhões de dólares à economia mundial nos próximos 15 anos. Mas também pode ser a responsável pela subtração de nada mais, nada menos do que cinco milhões de vagas de empregos apenas nos 15 países mais industrializados do Planeta. Mas no que consiste exatamente a quarta revolução industrial? Como fazer para se adaptar – e sobreviver – a ela?

Histórico
A Revolução 4.0 é assim denominada pois, na história da humanidade, houveram três grandes processos industriais transformadores, conhecidos como revoluções. Uma revolução industrial é caracterizada pelo aparecimento de “novas tecnologias e novas maneiras de perceber o mundo que impulsionam uma mudança profunda na economia e na estrutura da sociedade”.

A primeira das revoluções foi o início da indústria propriamente dita: ocorreu a partir de 1760 na Inglaterra e marcou o ritmo da transição da produção manual à mecanizada. Os britânicos tornaram-se a principal potência mundial por conseguir produzir, a baixo custo e rapidamente, produtos em todos os setores a partir do uso de carvão, vapor e ferro. A produção atingiu patamares nunca antes vistos.

Já a segunda, por volta de 1850, trouxe a eletricidade, a manipulação química e o petróleo. Foi a era da industrialização em massa e desenvolvimento de tecnologias como o avião, refrigeradores, alimentos enlatados e telefones.

E, por fim, da terceira somos testemunhas: iniciou em meados do século 1920, com a chegada da eletrônica, da tecnologia da informação e das telecomunicações. O maquinário digital permitiu desde a manipulação atômica até a tecnologia espacial. A terceira revolução industrial começou a impulsionar também o fenômeno de transformação digital no qual as empresas buscam a melhoria de processos operacionais, a criação de novos modelos de negócios e a integração da experiência do cliente por meio da tecnologia.

Apesar da aparente continuidade histórica, um documento do Fórum Econômico Mundial explicita que este é o início de uma nova revolução industrial – e não uma extensão da terceira – devido a três motivos: a velocidade, o alcance e o impacto nos sistemas, sem precedentes na história. Ou seja, uma ruptura de paradigmas capaz de mudar o mundo tal qual é conhecido, exatamente como as outras três.

Potencial
Cada revolução industrial gerou mudanças profundas e transformações nas sociedades: o centro econômico migrou das comunidades agrícolas e para fábricas, levando as pessoas do campo às cidades. A eletricidade e os sistemas de produção em massa mudaram a forma como as pessoas viviam e trabalhavam. E, mais recentemente, a revolução digital causou rupturas em todas as indústrias através da transformação digital. Quais serão as transformações da Revolução 4.0?

Inteligência artificial; Blockchain e Criptomoedas; Realidade Virtual e Aumentada; Internet das Coisas; Machine Learning e Deep Learning; Wearables; Carros autônomos. Cada uma dessas tecnologias já existe – e talvez você conheça algo sobre elas. A transformação prometida pela Quarta Revolução Industrial está justamente na atuação conjunta e sistemática dessas e de outras tecnologias porvir.

Os algoritmos de machine learning (que fazem as máquinas aprenderem sozinhas depois de alimentadas por dados capazes de gerar padrões e modelos), por exemplo, podem analisar transações e variáveis para melhorar o desempenho dos negócios, para que as empresas antecipem as necessidades dos clientes e otimizem preços. Ou ainda predizer quais clientes são mais propensos a uma compra em particular. Mas com wearables (tecnologias “vestíveis”) o uso de caixas humano se tornará obsoleto com registro e cobrança automática de um item retirado da gôndola do mercado.

São os wearebles também, com a Inteligência Artificial, que prometem uma revolução no setor saúde: os smartwatchs já monitoram a saúde do usuário em tempo real, mas a tendência é que a tecnologia auxilie na assistência ao diagnóstico, por exemplo. Algoritmos de classificação baseados em deep learning, podem olhar imagens para tratamentos de câncer e analisar anormalidades e, tempo real. Mas a vanguarda da tecnologia médica vai para a Inteligência Artificial que promete robôs-cirurgiões: desde os que auxiliam os cirurgiões passando os instrumentos necessários durante um procedimento até os aptos a conduzir cirurgias sem a necessidade de comandos pré-definidos e com a capacidade de usar dados de operações passadas para aprimorar suas técnicas.

O Fórum Econômico Mundial fez um relatório sobre as novas tecnologias e seus impactos na sociedade e apontou as mudanças que estão na esquina, prometendo acontecer até 2025:

  • O primeiro carro feito em impressora 3D;
  • 90% da população mundial com acesso constante à Internet;
  • 10% das pessoas vestindo roupas conectadas com a Internet;
  • O primeiro robô farmacêutico nos Estados Unidos;
  • A primeira cidade com mais de 50 mil habitantes e nenhum semáforo;
  • Carros autônomos representando 10% da frota de veículos nos Estados Unidos;
  • 5% dos produtos de consumo feitos em impressoras 3D;
  • 50% do tráfego de Internet em domicílios direcionado para dispositivos e equipamentos domésticos;
  • A primeira IA em um conselho de empresa.

Não é à toa que há otimismo em relação aos impactos da quarta revolução industrial. A cada dez empresários, sete possuem expectativas positivas sobre esta nova revolução industrial, segundo o Barômetro Global de Inovação de 2016. O estudo, que compila opiniões de mais de 4 mil líderes e pessoas interessadas nas transformações em 23 países, demonstra que o desafio de encarar a Revolução 4.0 mais entusiasma do que assusta o mercado.

No relatório mais atual da pesquisa, de 2018, os entrevistados apontaram as tecnologias que geram tamanho entusiasmo: a impressão 3D foi destacada como a grande tecnologia emergente, pois a maioria acredita que ela terá um impacto positivo (63%), aumentará a criatividade (91%) e levará mais rápido produtos para o mercado (89%).

Novos rumos
Como toda e qualquer promessa, é preciso ter cuidado com os impactos negativos dessa revolução. Alguns especialistas alertam que essas mudanças podem aumentar o desemprego e intensificar as desigualdades. Os mercados emergentes da Ásia estão adotando as transformações de uma forma mais intensa que os de economias mais desenvolvidas, mas a distribuição regional é desigual. Por causa de medidas protecionistas, especialmente barreiras não tarifárias do comércio mundial, o sol da revolução 4.0 dificilmente nascerá para todos.

“O entusiasmo não é infundado, essas tecnologias representam avanços assombrosos. Mas o entusiasmo não é desculpa para a ingenuidade e a história está infestada de exemplos de como a tecnologia passa por cima dos marcos sociais, éticos e políticos que precisamos para fazer bom uso dela”, afirmou Elizabeth Garbee, pesquisadora da Escola para o Futuro da Inovação na Sociedade da Universidade Estatal do Arizona (ASU), em entrevista à BBC, ao lembrar que “no jogo do desenvolvimento tecnológico, sempre há perdedores”.

De uma forma ou outra, as empresas que quiserem sobreviver a este cenário devem não só ficar de olho nas tendências do mercado, como estar propensas a adotar (e, por que não, criar) soluções disruptivas.

Um dos primeiros impactos desta revolução para o mundo do marketing digital já começou. Com clientes nativos digitais, que vivem em um mundo digital, as expectativas são altas: respostas em qualquer hora, no canal e meio de sua preferência, com atendimento personalizado e instantâneo. Assim, as empresas precisam migrar de um modelo transacional para um modelo de relacionamento, construído ao redor de serviços e experiências ao invés de produtos.

Mas esse é só um pedaço da história. Quer aprender mais sobre como lidar como as novas surpresas fomentadas pela Quarta Revolução Industrial?  Estamos com inscrições abertas para uma atualização rápida e eficaz com relação às estratégias, ferramentas e tendências do universo do Marketing e da Transformação Digital, inscreva-se.

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